São Bento do Sapucaí Retornar
da Folha Online
Encravada na serra da Mantiqueira, São Bento do Sapucaí (164 km nordeste de SP)
tem como principal atração a Pedra do Baú -conjunto rochoso transformado em
parque ecoturístico. Com 340m de altura e a 1.964m de altitude, a Pedra do Baú
atrai praticantes de escalada, caminhada, e asa-delta.
Com acesso mais fácil que a Pedra do Baú, as pedras Bauzinho e Ana Chata, que
têm 1.700m de altitude, são passeios indispensáveis para quem visita a cidade.
Para os visitantes que não dispensam um bom banho de cachoeira, São Bento do
Sapucaí conta com cachoeiras como a do Toldi, uma das mais bonitas com 70m de
queda, a do Serrano, com poço raso e queda leve, a dos Amores, com poço para
banho e várias quedas.
Do artesanato de São Bento de Sapucaí destacam-se as peças esculpidas em madeira
e as feitas de cobre.
Veja as atrações turísticas de São Bento do Sapucaí:
Pedra do Baú
O clima convida para a escalada da Pedra do Baú com seu bloco de granito e uma
base de 540 metros de comprimento por 40 metros de largura, e uma altura de 340
metros.
Na face norte são 620 degraus (320 de ferro e 300 de pedra), no lado do Paiol
Grande, e pela face sul do lado do bairro do Baú são outros 600 degraus, sendo
300 de ferro.
A primeira escalada foi feita pelos alpinistas Antônio Teixeira de Souza e João
Teixeira de Souza em 12 de agosto de 1940. O nome Pedra do Baú origina-se da
palavra Embahu que em Tupi-guarani significa "ponto de vigia".
Ainda hoje é possível ver os alicerces do antigo abrigo, destruído pela ação do
tempo e principalmente por frequentadores. Na região também há a pedra Ana
Chata, Bauzinho e várias trilhas com todos os graus de dificuldade.
Igreja Matriz
Com estilo colonial, paredes de taipa e construída pelos escravos, a Igreja
Matriz é um monumento histórico. No seu interior há telas de pintores de renome
de 1853. Fica na praça Cônego Bento de Almeida. Foi reformada recentemente.
Quilombo
Este pequeno bairro de São Bento parece um presépio pela disposição de casinhas
rudes ao redor da igreja Nossa Senhora da Conceição Imaculada e de uma escola. É
centro do folclore, arte e artesanato, mutirão e encomenda das almas. Foi
tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural de São Paulo. Neste bairro o
artesanato é feito por talentosas mãos de pessoas simples que viveram no campo e
que atualmente perpetuam, em suas obras, os costumes de uma época.
Mirante das Hortênsias
Localizado no centro da cidade, é um barranco urbanizado. Com escadas até o topo
da rua Pereira Alves é uma parada de descanso ornamentada com hortênsias e
outras variedades de flores.
Cruzeiro
Construído de cimento armado, bem próximo à cidade, pouco menos de um
quilômetro, todo iluminado, e passeio também pitoresco de onde se pode avistar
toda a cidade.
Cachoeira dos Amores
Localizada num vale perto do acampamento Paiol Grande e a Pedra do Baú, recanto
pitoresco com mais de 300 metros de queda d'água. Fica a cinco quilômetros da
cidade. É chamada Cachoeira dos Amores por receber namorados da região e
turistas que frequentam o acampamento vizinho. A Cachoeira deságua num lago que
chega a profundidade de 1,40m de águas cristalinas. Outra vantagem é o fácil
acesso por asfalto.
Fazenda do Estado
De propriedade do Governo do Estado de São Paulo, de lá também se avista a
cidade em toda a sua extensão exposta sempre a visitação pública. Existe nessa
fazenda, que produz mudas e sementes, os mais variados tipos de frutas
européias, maçã, pêssego, uva, azeitona, caqui e morango.
Toldi
Região onde estão se formando campos de altitude, é uma das mais altas do
município alcançando em alguns locais a altitude de 1.800 metros. A Cachoeira do
Toldi, no meio da Serra do Baú, tem mais de 200 metros e é a mais alta de São
Bento
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/americadosul/brasil-sao_bento_do_sapucai.shtml
Em 1827, quando teve início a cidade de São Bento do Sapucaí, na região montanhosa da Mantiqueira, não havia estradas, e os transportes eram feitos em lombo de burro, através da montanha. Os tropeiros, de volta de suas viagens, traziam muitas histórias sobre a misteriosa pedra grande que era chamada de Itacolomi por uns, de Canastra por outros e de Embahú, pelos nativos.
Segundo os matutos da região, lá no alto da grande pedra, havia uma lagoa, onde, todas as noites de lua cheia, uma mulher vestida de branco, muito bela e de cabelos dourados, vinha cantar lindas canções de amor para atrair aqueles que se atreviam a olhar seus encantos, sumindo depois com eles no alto do Gigante. Essa dama vigiava um tesouro e, por isso, não deixava ninguém se aproximar do local.
Contavam os
antigos que, num centro espírita, um homem de nome Venceslau Eugênio disse
haver, bem no meio da Pedra do Baú, uma toca, onde morava um rei, curo nome era
Beijaúme, possuidor de um fabuloso tesouro. Quem o desencantasse seria o dono
desse reino para sempre.
Muitos anos se passaram e, certa vez, em suas andanças pela mataria ao redor do
monstro granítico, um morador do local encontrou um forasteiro, vestido como um
frade, assando pinhão numa fogueira. Parou e embalou conversação. Disse o
estranho ter vindo de muito longe, de Goiás, para tirar o espírito que vivia
naquela toca.
Pediu ao outro que avisasse avizinhança para não sair de casa naquela noite,
pois não poderia ver o que ali estava para acontecer. No dia seguinte, logo
cedo, foi ter à casa daquele que o encontrara na véspera, achando-se ali apenas
sua mulher, que já estava avisada pelo marido, desde a noite anterior, da visita
do forasteiro. Ele pediu-lhe de comer, agradeceu e despediu-se dizendo que já
podia ir embora porque sua missão estava cumprida e nada mais havia naquela
pedra. Nunca mais foi
visto.
Há muitos e
muitos séculos, nas verdejantes cercanias da Mantiqueira, em lugar completamente
desabitado, viviam três irmãos que, afrontando os perigos de uma floresta
virgem, se penitenciavam no martírio de uma vida santa.
O irmão mais velho chamava-se Monte Barão. De uma força de vontade
verdadeiramente assombrosa, sacrificava estoicamente a mocidade no altar de um
deus sempre presente em seu coração. À semelhança de personagem bíblica,
suportava todos os tormentos da vida, na esperança de alcançar a clemência
divina. Era secundado em seu santo viver por suas irmãs Ana e Silvané.
Ana era muito baixa, feia e rústica, aspecto este que, era a negação de sua alma
sublime e pura, refletindo, como um espelho, o viver preconizado pelos santos e
mártires. Desde a mais tenra idade, foi alvo de pilhérias e alcunhas por parte
de parentes e conhecidos que a apelidaram de Ana Chata. Entretanto, longe de
zangar-se, sentia-se quase alegre diante de seus algozes. Seu único desejo era a
graça divina, para obtê-la, trabalhava dia e noite, martirizando o próprio
corpo, sufocando todos os sonhos comuns nessa idade. Tinha a seu cargo a irmã
mais nova, Silvané. Ambas viviam numa palhoça construída por Monte Barão ao pé
de uma colina.
Silvané era dotada de urna beleza que jamais alguém imaginara pudesse existir em
uma criatura, num lugar tão ermo. Era urna jóia rara por sua formosura, pela
estonteante juventude e sensualidade bravia. Os olho eram dois retalhos de noite
escura, e suas formas femininas tinham raro e singular encanto. A natureza
esgotara todos os recursos na beleza da jovem donzela. Apesar de sua graça
provocante, não tinha os predicados religiosos da irmã. Consciente de suas
formas físicas e de seus atrativos, tornou-se extremamente vaidosa. Mesmo
naqueles ermos, onde não aparecia vivalma, passava horas e horas contemplando-se
no espelho das águas do regato, o olhar perdido no universo. Compunha os
cabelos, enfeitando-os com flores do campo. Foi na vaidade de Silvané que
Lúcifer encontrou a desejada brecha para atacar aquele reduto de fé, formado por
Ana e Monte Barão.
Uma tarde, vindo à cabana das irmãs trazer o resultado de uma feliz caçada,
Monte Barão encontrou Silvané, meiga e linda; ficou muito perturbado a ponto de
passar toda a noite meditando. Verdadeiro gigante em sua fé, viu-se o pobre
jovem reduzido ao mais mesquinho dos seres humanos, pois nutria pela irmã um
sentimento vergonhoso: estava apaixonado por ela.
Em seu íntimo, travou-se terrível combate entre o bem e o mal, desejo e
dignidade, bom senso e loucura, Deus e o Demônio. O caminho do mal apontava-lhe
a satisfação de suas necessidades físicas, a lei divina aguardava-o com severo
castigo. Jamais um ser humano passou por tais provações, sentindo a potência de
duas forças contraditórias dentro de si. Naquela noite, Monte Barão envelheceu
muitos anos. Parte dos cabelos embranqueceu, tal o esforço mental em busca de
solução para o desesperante problema que o afligia. Procurou refúgio na oração,
mas aquela idéia fixa exercia poderosa atração sobre ele, dominando-o
inteiramente.
Amanhecia. O sol, com seus raios brilhantes, veio tirá-lo daquele torpor. Estava
irreconhecível. Não havia nele a menor sombra do que fora antes. A força do mal
tomara conta dele e ele passou a afeiçoar-se, cada vez mais, a tudo o que se
relacionava com o mal e o pecado. Esfacelou-se a fortaleza da virtude ... O
terrível raciocínio veio como urna avalanche, irrefutável.. "De que vale este
sacrifício, se meu fim será o mesmo de qualquer outro mortal? ... Se existem
duas forças, a do bem e a do mal, só resta ao mísero ser humano escolher a que
mais lhe agrade ... ou convenha... Jogarei a última cartada! Satisfarei meu
desejo! Quanto ao meu espírito, que o disputem as duas correntes!..."
E foi nessa hora de decadência espiritual, quando caía por terra toda aquela
vida pura, que a visão se lhe apresentou. Viu-se crescer como uma nuvem e
transformar-se em enorme pedra ... Voltando a si, riu-se dela, julgando-a fruto
de sua imaginação cansada. Estava resolvido: iria à cabana das irmãs!...
Ao vê-lo, Ana Chata logo notou a transformação e, cheia de cuidados, quis
preparar-lhe um remédio, julgando-o doente. O moço a sossegou:
- Não tenho nada, mana. Onde está Silvané?
- No campo, colhendo flores. Vou chamá-la.
Notando estranho brilho nos olhos do irmão, saiu muito preocupada à procura de
Silvané. Esta acudiu logo ao chamado e, ao entrar na cabana, encontrou o irmão,
totalmente transtornado, e foi alisar-lhe os cabelos carinhosamente...
Monte Barão convida-a para um passeio e, no caminho, abraça-a e fala-lhe de seus
sentimentos e desejos... Implora piedade, insiste e, alucinado, beija-a
apaixonadamente...
Nesse momento, a natureza, ofendida em sua pureza, reage, mostrando toda a sua
pujança. Escurecendo repentinamente, os céus se abriram, cuspindo fogo e
revirando tudo corno se enormes vulcões entrassem em atividade...
Apavorado, Monte Barão reconhece seu erro e implora o perdão de um deus que
julgava seus atos pecaminosos... Tardiamente lembrou-se do fato, pois o castigo
estava prestes a se consumar...
Como um doido, desesperado, vê sua irmã se transformando em pedra. Ana Chata,
que saía da cabana para ver o que ocorria, também passou pela metamorfose. Em
seguida, ele próprio, tal qual a visão prenunciara, formava uma enorme pedra,
tão alta que parecia querer beijar o infinito...
Clareou o céu, e o sol voltou a brilhar. A paisagem estava mudada e três pedras
se erguiam naquele sítio. Silvané transformou-se numa delgada pedra, conservando
suas formas femininas e provocantes e Ana, também conservando as suas, tornou-se
um rochedo baixo, achatado.
Dos três, apenas o grande pecador, o ímpio, conservou a sensibilidade. Ao menor
toque em seu cume, tem-se a sensação de o estar ferindo ou magoando. Continua
unido a Silvané, seu grande amor e seu máximo pecado, num abraço eterno...
Ana Chata, cercada pelas matas densas, que continuam protegendo sua pureza,
observa à distância seus irmãos que clamam aos céus pelos pecados cometidos,
numa eterna oração... de amor ...
Rolaram anos, séculos... Nenhum ser humano podia gabar-se de ter escalado o
gigante adormecido. Monte Barão conservava a soberbia das coisas intransponíveis
e misteriosas.
Antes que o
pincel da civilização pintasse as agrestes paisagens da Mantiqueira com os
traços do progresso, ali viviam seres primitivos reunidos em pequenos
agrupamentos, tirando da mãe-terra tudo o que necessitavam para sobreviver. Seus
maiores tesouros eram representados por objetos trabalhados em ouro e pedras
preciosas.
Entretanto, as densas matas habitadas por animais selvagens deixavam sempre uma
brecha que atraía os destemidos aventureiros que se embrenhavam na selva,
enfrentando perigos e desafiando distâncias, para ganhar o pão de cada dia ou
aumentar seus haveres, numa avareza desenfreada e pouco honesta. E foi assim
que, certa vez, aportou nessas paragens um mercador que vendia quinquilharias,
ou melhor, trocava-as por outras mercadorias, principalmente metais preciosos e
pedrarías. Carregava suas mercadorias e as que trocava, ouro e pedras preciosas,
num baú.
Vencidas as distâncias e as dificuldades, alcançou o vale do Paiol Grande, onde
fez tão bons negócios que seu baú ficou cheio de valiosos objetos, um verdadeiro
tesouro.
Satisfeito com o inesperado resultado de suas transações, sentou-se numa laje de
pedra para descansar da longa jornada serra acima. Estava sedento e um pouco
apreensivo, pois não via por perto nenhum sinal de presença de água. Colocou seu
baú sobre a pedra e pôs-se a procurar pelo precioso líquido, até que encontrou
uma fonte pura e cristalina. Bebeu dela na medida de sua sede e sentiu as forças
voltarem-lhe ao corpo. Reanimado, caminhava de volta para o local onde deixara
seu tesouro cantarolando alegremente quando deparou com um monstruoso rochedo
que crescia cada vez mais em direção ao infinito ... Estupefato ,viu o fabuloso
tesouro fugir-lhe do alcance das mãos e ser levado a alturas inatingíveis, à
medida que a laje de pedra sob ele aumentava de tamanho em todas as direções.
Por fim, uma gigantesca bola de fogo rasgou o céu sem rumo definido e a pedra
parou de crescer.
Desesperado, o mercador tentava por todos os meios chegar ao cume do misterioso
monstro de pedra e reaver seu tesouro. Andou em torno dele, subiu e desceu,
praguejou e rezou, proferiu mil imprecações, mas nada conseguiu. Inconformado,
permaneceu no local por muito tempo, sempre esperando aparecer alguém que
atingisse o topo do penedo e retirasse de lá o baú onde colocara seu tesouro
amealhado com tanto trabalho e sacrifício. Mas o tempo passou e ninguém
apareceu. Então o homem resolveu cavar no sopé da pedra uma caverna onde
passaria o resto dos tempos vigiando o tesouro sepultado em seu topo, e assim o
fez.
Dizem os matutos que ele continua vigiando o baú até os dias de hoje e não
permite que ninguém o encontre. Outrossim, a bola de fogo, em determinadas
épocas do ano, passa por sobre a Pedra do Baú e outras pedras da região para
impedir que elas cresçam ou se desintegrem.
Estórias que o povo conta
Quando
trabalhava nas construções da Pedra do Baú, Antônio Cortez teve muitas
oportunidades de dar vazão à curiosidade e espírito de aventura que possuía.
Vasculhava cada canto da pedra, sempre no afã de descobrir fatos novos e
explorá-los, abusando do perigo e pondo em risco a própria vida, provando sua
coragem e sangue-frio.
Assim, certo dia, após o trabalho, foi andar um pouco sobre o granito e algo lhe
chamou a atenção. Curioso como era, foi ver de perto do que se tratava e ficou
fascinado com o que estava ali diante de seus olhos: era um lagarto de pedra,
encravado num buraco. Bateu nele e percebeu que o som provocado era oco. Chamou
os filhos, que ainda não haviam descido, para que também eles vissem o animal. O
primeiro pensamento que lhes veio à cabeça foi tirar dali aquele bicho e levá-lo
para casa, quem sabe, para ornamentá-la. Entretanto- não tinham nenhum
recipiente onde ele coubesse e deixaram a empreitada para o dia seguinte.
Bem de madrugada, Antônio e seus filhos rumaram para o trabalho, pensando no tal
lagarto. Assim que chegassem à pedra, retirá-lo-iam do buraco e, para o
transporte, levavam um saco onde o colocariam.
Mas tudo não passou de planos; encontraram no local apenas as marcas do animal.
Este havia desaparecido de maneira misteriosa, pois Antônio tinha certeza de que
ninguém fora até lá após a descida, no dia anterior ou antes deles naquele
dia...
Muito tempo depois, as marcas do estranho animal ainda podiam ser vistas na
superfície da pedra e, mesmo nos dias de hoje, há quem afirme ser possível
encontrá-las em noites de lua cheia ...
A Pedra do Baú em prosa e verso
Alto,
gigânteo, enorme, embuçado na escura
Noite, ante o céo immcnso, em meio de horizontes
Negros, num pedestal cyclópico de montes,
O Bloco vê, de cima, os lumes da planura...
O vértice pagão, que de um cone figura
A régia fronte erguida entre curvadas frontes,
Mostra a fria altivez antiga do marchontes,
A rigidez brutal de um bronze da escultura.
E elle soffre, no entanto, o monstro de granito!
Enquanto observa ao longe a cidade fremente
Envolta na ilusão, que as idades consomem,
Elle recorda o tempo em que, sem o infinito,
Era só elle o rei, entre nuvens dormente,
Livre da vizinhança emphática do homem...
(Affonso José de
Carvalho-l9l8)
Velho titan
de pedra erguido na montanha,
Impassível ao vento, e borrascas, e ao raio,
Que eu vejo no horizonte alpino, se espraio
O olhar na dor atroz de uma agonia extranha...
Para enxornar-lhe os pés graníticos, da entranha
Da terra-mãe, subindo à crosta, a seiva - olhe-o!
Borbota na explosão vital de um verde-gaio
Que o sol esmalta e beija e affaga e morde e banha...
Sombranceira, bizarra, abrupta, azulea e forte
Atalaia domina os picos culminantes...
Beijando-a - com que amor sibila o vento Norte!
Cá em baixo há sofrimento, há angústias lancinantes,
Num século, a bramir, passa o Império da Morte
Mas que importa esta dor, se estamos tão distantes?
(Plínio Salgado -
4/11/1915)
Como um
Atlas sustentando o céu
Sobre o dorso da Mantiqueira
Ergue-se um vulto coroado pelo véu
Frígido da serração passageira.
Gigante de granito adormecido,
Sentinela imensa da cordilheira
Em cujo topo com orgulho merecido
Tremula uma bandeira brasileira.
Esse monstro de rocha imponente
Tem na história grande relevância,
Verdadeiras belezas há em si.
A Pedrado Baú incansavelmente
Espreita, a longa distância,
A cidade de São Bento do Sapucaí.
(Bento
Cortez - janeiro de 1962)
Fonte: http://www.camposdojordao.com/lendas.html#menu
Veja as fotos da aventura em Fotos!!!